quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Filme - Kiriku e a Feiticeira



Sugestão de Atividades:
Após a exibição do filme “ Kiriku e a Feiticeira”  solicite as atividades:






Mapa da África


    a)  Imagine o que existe nas terras Africanas  
   b) Construir com os alunos Álbum com os grandes animais da África – colagem ( Com os alunos do 3º, 4º e 5º ano solicitar uma ficha com : 1) Tamanho, peso, e tempo de vida; 2) Habitat; 3) Hábitos alimentares.

   c) Dramatize a lenda de Kiriku e a Feiticeira com os alunos
   d) Qual a parte do filme que você achou mais interessante?


OFICINA - Cultura Afro-brasileira

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA
CAMPUS III – GUARABIRA

Projeto de extensão

COISAS DE NEGROS (AS), COISAS DE BRASILEIROS (AS)
ORIENTADOR: WALDECI FERREIRA CHAGAS
ORGANIZAÇÃO DAS OFICINAS NA ESCOLA NORMAL EM ALAGOA GRANDE-PB

OFICINA 
ü  Levar uma música com instrumentos afros e buscar neste primeiro momento envolver todos com o ritmo;

ü  Mostrar alguns instrumentos (berimbau, atabaque, macumba, afoxé entre outros) e abordar o ritmo de casa um;

ü  Fazer com que eles possam tocar nos instrumentos e sentir a textura mostrando que tudo envolve o toque, os ritmos, assim como a batida do coração, observarem o som e os ritmos do local seria também interessante para uma dinâmica;

ü  Espaço aberto para discutir a temática;

ü  Fazer uma ciranda, onde todos possam tocar e dançar no seu próprio ritmo;

ü  Discorrer um pouco sobre os ritmos e música africanos e afro-brasileiros explicando sua história e importância;

ü  Finalizar com as impressões dos alunos através da escrita.

OBS: Pesquisar alguns dos instrumentos musicais de origem africana, planejar e selecionar materiais alternativos para a confecção deles. Fazer exposição dos instrumentos confeccionados com explicação e história do instrumento.


Vozes-mulheres

Conceição Evaristo

A voz de minha bisavó ecoou
criança
nos porões do navio.
Ecoou lamentos
De uma infância perdida.
A voz de minha avó
ecoou obediência
aos brancos-donos de tudo.
A voz de minha mãe
ecoou baixinho revolta
No fundo das cozinhas alheias
debaixo das trouxas
roupagens sujas dos brancos
pelo caminho empoeirado
rumo à favela.
A minha voz ainda
ecoa versos perplexos
com rimas de sangue
e
fome.
A voz de minha filha
recorre todas as nossas vozes
recolhe em si
as vozes mudas caladas
engasgadas nas gargantas.
A voz de minha filha
recolhe em si
a fala e o ato.
O ontem - o hoje - o agora.
Na voz de minha filha
se fará ouvir a ressonância
o eco da vida-liberdade.
In Cadernos Negros, vol. 13, São Paulo, 1990.